quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Estresse (português brasileiro) ou stresse (português europeu) pode ser definido como (a) a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio-ambiente e (b) o desgaste físico e mental causado por esse processo.
O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
O stress pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmentecardiovasculares.

Terminologia

O termo estresse foi usado por Selye (1976)[1] com um sentido neutro - nem positivo nem negativo. Ele o definiu como "reação não-específica do corpo a qualquer tipo de exigência". A partir dessa definição Selye diferencia dois tipos de estresse: o "eustresse" (eustress), que indica a situação em que o indivíduo possui meios (físicos, psíquicos...) de lidar com a situação, e o "distresse" (distress), que indica a situação em que a exigência é maior do que os meios para enfrentá-la. Apesar de ainda ser usado em inglês, o termo "distresse" caiu quase em desuso, sendo substituído pelo próprio termo estresse, que passou a ter o sentido (atual) negativo de desgaste físico e emocional[2].
Outro termo importante no estudo do estresse é o termo estressor, que indica um evento ou acontecimento que exige do indivíduo uma reação adaptativa à nova situação; a essa reação se dá o nome de coping (ing. lidar). Tais reações de coping podem ser funcionaisou desfuncionais, conforme cumpram ou não sua função na superação da situação na adaptação a ela[3].
Os estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo necessário para o processo de adaptação, dividem-se em[3]:
1. acontecimentos biográficos críticos (ing. life events): são acontecimentos (a) localizáveis no tempo e no espaço, (b) que exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e (c) provocam reações afetivo-emocionais de longa duração. Esse acontecimentos podem ser positivos e negativos eter diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência social. Exemplos são casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc.
2. estressores traumáticos: são um tipo especial de acontecimentos biográficos críticos que possuem uma intensidade muito grande e que ultrapassam a capacidade adaptativa do indivíduo (ver trauma).
3. estressores quotidianos (ing. daily hassels): são acontecimentos desgastantes do dia-a-dia, que interferem no bem-estar do indivídou e que esse experiencia como ameaçadores, magoantes, frustrantes ou como perdas. Exemplos são problemas com o peso ou com a aparência, problemas de saúde de parentes próximos que exigem cuidados, aborrecimentos com acontecimentos diários (cuidados com a casa, aumento de preços, preocupações financeiras, etc.)
4. estressores crônicos (ing. chronic strain): são (a) situações ou condições que se extendem por um período relativamente longo e trazem consigo experiências repetidas e crônicas de estresse (exemplos: excesso de trabalho, desemprego, etc.) e (b) situações pontuais (ou seja com começo e fim definidos) que trazem consigo consequências duradouras (Exemplo: estresse causado por problemas decorrentes do divórcio).
Exemplos de estressores:
  • Desprezo amoroso
  • Dor e mágoa
  • Luz forte
  • Níveis altos de som
  • Eventos: nascimentos, morteguerras, reuniões, casamentosdivórcios, mudanças, doenças crónicas, desemprego e amnésia.
  • Responsabilidades: Dívidas não pagas e falta de dinheiro
  • Trabalho/estudo: provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos
  • Relacionamento pessoal: conflito e decepção
  • Estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumoalcoolismo e insônia
  • Exposição de stress permanente na infância (abuso sexual infantil).
  • Idade
  • Calor

Teorias do estresse

As várias teorias do estresse, antes de serem teorias concorrentes, são teorias complementares, que se baseiam umas nas outras.

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